Ter seios fartos e firmes é o desejo de muitas mulheres. Afinal, esta parte do corpo está extremamente ligada à feminilidade e à sensualidade. Para aquelas que não conseguiram esse atributo naturalmente, a medicina conseguiu se desenvolver para ajuda-las por meio da mamoplastia de aumento, que consiste na inserção de próteses de silicone na região.
Mas, ao mesmo tempo em que é cobiçada, a cirurgia estética também traz muitas dúvidas e anseios, principalmente no que tange o futuro e a possibilidade de vir a sofrer de uma doença séria e que precisa ser debatida: o câncer de mama.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer de mama é o mais comum entre mulheres no mundo e também no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, sendo responsável por, aproximadamente, 28% dos novos casos anuais da doença. E embora existam diferentes tipos da doença, uma coisa já é muito clara: não há qualquer relação entre câncer de mama e prótese de silicone.
“Há cinco anos o próprio INCA veio a público informar que não há conexão entre a doença e a mamoplastia, mas muitas pacientes ficam com receio da prótese mascarar um tumor ou prejudicar um diagnóstico”, conta a Dra. Tatiana Moura, cirurgiã plástica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da capital paulista.
A médica explica que a prótese é posicionada no corpo de forma que não atrapalhe o autoexame ou a mamografia e, por isso, não existe o risco de algum sinal passar despercebido. “Claro que é preciso fazer os exames de rotina anualmente e avisar o médico se houver qualquer tipo de desconforto ou anormalidade”, conta.
E quando a paciente já tem o câncer?
No caso das mulheres que estão passando por um tratamento para combater a doença, a mamoplastia reparadora pode ser uma grande aliada da autoestima e bem-estar. Dra. Tatiana conta que cada caso deve ser avaliado individualmente, mas há pacientes que podem entrar na sala de cirurgia para fazer mastectomia e sair de lá sem notar que passou pelo procedimento, pois a cirurgia reparadora é feita na mesma operação.
“Infelizmente, há outras pacientes que precisam completar todas as etapas do tratamento – com mastectomia, quimio e radioterapia – para poder se submeter à cirurgia reconstrutora das mamas. Nesses casos, é muito satisfatório poder devolver a elas essa parte do corpo tão feminina e tão importante para a nossa autoestima”, conclui.
Fonte: Dra. Tatiana Moura
• Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
• Título de Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
• Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
• Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina USP.
• Residência Médica em Cirurgia Plástica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina USP.
• Mestrado em Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina USP.
• Médica Colaboradora voluntária na equipe de Cirurgia Plástica Infantil no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
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