A ginecologista e obstetra Bárbara Murayama alerta sobre a importância do acompanhamento de um médico durante a gravidez Essa confusão é muito comum para as pacientes. Estamos acostumados a pensar em meses e não semanas. Mas para os médicos a gravidez tem duração de semanas e não meses. “A gravidez tem 40 semanas, pois começamos a contar a partir da última data de menstruação, ou seja, contamos o mês antes do atraso menstrual e não desde quando descobrem a gravidez”, explica Dra. Bárbara Murayama. Os nove meses começam com 38 semanas e vão até 41-42 semanas. “É mais comum entrar em trabalho de parto depois das 40 semanas. O prazo máximo é de 42 semanas, entretanto, hoje é preferível não deixar passar das 41. É possível esperar esse tempo, desde que a gravidez esteja correndo bem e se faça um acompanhamento da vitalidade do bebê”, pontua a médica. Esse monitoramento evita riscos:
- A placenta não pode estar envelhecida porque é por ela que o bebê recebe oxigênio para respirar e nutrientes para se alimentar. Essa entrega não pode ficar abaixo do ideal e, se acontecer, o bebê pode apresentar sinais de sofrimento fetal e até mesmo morrer, se não for identificado o problema a tempo.
- O bebê, por já estar maduro, pode fazer cocô na barriga. O problema é que se não for identificado logo, ele pode “respirar” o líquido com o chamado mecônio e ter problemas pulmonares graves. O mecônio não causa infecção na mãe.
- O líquido amniótico, que envolve o bebê, também pode diminuir bastante e isso é um sinal que está na hora de nascer.
- O bebê pode chegar a um peso exagerado, dificultando o parto. Segundo a Dra. Bárbara, o mais importante é ter um bom acompanhamento pré-natal, pois qualquer sinal de alteração, a médica poderá intervir sem prejuízo para mãe ou o bebê. O ideal, a partir das 37 semanas é que as consultas sejam semanais e depois das 40 semanas, é preciso uma avaliação a cada dois dias para examinar a vitalidade do bebê e as condições da gestante. “Caso a mãe não entre em trabalho de parto espontâneo até as 41 semanas, isso não significa que será feito necessariamente uma cesárea, pois dependendo da situação, pode-se induzir o parto normal com medicações”, completa a médica.
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