SAÚDE

Câncer colorretal é o segundo mais incidente no Brasil

O rastreamento da doença é recomendado para pessoas com mais de 45 anos; detecção em estágio inicial é fundamental para eficácia do tratamento

Câncer colorretal é o segundo mais incidente no Brasil Câncer colorretal é o segundo mais incidente no Brasil
Crédito: BANCO DE IMAGENS

Todos os anos, pelo menos 50 mil brasileiros são diagnosticados com câncer colorretal, de acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA). O tumor é o segundo tipo mais incidente no país, responsável por 10% das neoplasias.

Para diagnosticar o câncer ainda em estágio inicial, quando se apresenta como pólipo, é indicada a realização da colonoscopia a partir dos 45 anos, caso não haja histórico da doença na família. Quando um pólipo é diagnosticado, o tratamento é realizado durante o próprio exame. “Neste caso, o paciente precisa repetir o procedimento em um intervalo mais curto, a ser definido de acordo com o tipo de pólipo. Se nenhuma alteração for encontrada, a colonoscopia só deve ser realizada novamente depois de 10 anos. De maneira geral, não há idade limite para a realização da avaliação, pois o diagnóstico é fortemente observado em pessoas com mais de 65 anos”, esclarece a oncologista do Hcor, Dra. Lucíola de Barros.

Para entender a necessidade de realização da colonoscopia antes da idade geral, a médica explica que existem alguns sintomas que podem ajudar a identificar a doença em um estágio mais inicial. “A pessoa deve ficar atenta se há uma mudança no hábito intestinal, se dores abdominais são recorrentes e, principalmente, se as fezes contêm sangue. Isso não significa que todas as pessoas que possuem esses sintomas terão câncer colorretal, mas sinalizam que há algo errado”.  

Em casos mais avançados, o melhor tratamento para o tumor é a cirurgia, pois é o único considerado como curativo (dependendo do tamanho, localização e extensão do câncer). Para pacientes que possuem alto índice de recorrência, também pode ser indicada a quimioterapia pós-cirúrgica, ou quimioterapia adjuvante, a fim de combater quaisquer células cancerígenas remanescentes ou que não podem ser visualizadas pelos exames de imagem.

A especialista ressalta, no entanto, que “o maior fator de risco para o surgimento desse câncer tem relação com os hábitos individuais e pouco tem a ver com a hereditariedade, como se pensa. Por isso, diminuir a ingestão de álcool e de produtos industrializados e praticar atividade física reduzem as chances de desenvolver câncer colorretal”.

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