Alimentação orgânica beneficia saúde e promove a proteção do meio ambiente

O cuidado com o corpo e a alimentação saudável são movimentos que vêm crescendo de forma acelerada nos últimos anos. A Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) aponta que houve um aumento de 44,5% no consumo desses produtos durante os sete primeiros meses da pandemia de Covid-19. Outro dado que vem corroborar é da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Segundo o estudo, 36% dos consumidores passaram a inserir alimentos e bebidas que consideram ser benéficos para o sistema imunológico.

Mudança de mentalidade

Segundo Lilia Kawazoe, gerente comercial da Concepta Ingredients, unidade de negócio do Grupo Sabará, que disponibiliza ao mercado uma linha de ingredientes para as indústrias de alimentos com foco em produtos naturais, orgânicos, sustentáveis e rastreáveis, já houve um tempo em que os consumidores não davam a devida importância para o plantio e colheitas dos insumos que geram os itens finais.

Entretanto, hoje, o consumidor valoriza o controle de riscos, boas práticas sociais, sustentáveis e os produtos que promovem saudabilidade e bem-estar. "A sociedade está mais consciente, busca informação e se preocupa com questões sobre procedência, credibilidade, selos de qualidade e garantia de origem", comenta.

Foco no meio ambiente  

A preocupação com o meio ambiente é outro ponto que ajuda a explicar o aumento do consumo de orgânicos nos últimos anos. Isso porque, além de beneficiar a saúde, a produção orgânica promove a proteção do meio ambiente, já que são produzidos de uma forma que beneficia o ecossistema local, sem utilização de organismos geneticamente modificados e químicos sintéticos, e a preservação dos direitos dos trabalhadores envolvidos, proteção dos recursos naturais, respeito às características socioeconômicas e culturais das comunidades locais.

"Os consumidores atuais se preocupam com o meio ambiente e procuram por produtos e empresas que contribuam para um mundo melhor, com ações como a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) e de carbono, a ausência de testes ou maltrato aos animais, o uso de práticas de reciclagens, além de um trabalho direto com pequenas comunidades rurais ou em locais remotos da biodiversidade brasileira."