O avanço da gripe em todo o país é mais um desafio na área da saúde. De norte a sul do país, o aumento de casos de influenza, especialmente do subtipo H3N2, tem provocado maior busca às redes pública e privada de saúde para a realização dos testes que detectam o agente causador da doença.
No Estado de São Paulo, onde 50 óbitos por influenza foram registrados em 2021 -- segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde -- as autoridades redobram a atenção para evitar consequências graves do surto.
A pouco mais de 90 quilômetros da capital, em Campinas, a realidade não é diferente. O Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade registrou aumento de internações de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Segundo a Secretaria de Saúde do Município, até o dia 15 de dezembro de 2021, mais de 1.030 crianças foram hospitalizadas e para tentar conter o aumento das ocorrências de doenças respiratórias, as autoridades de saúde intensificam esforços e investem em ferramentas que dão suporte aos pacientes para identificação do vírus e indicação correta de tratamento.
A atuação eficiente da rede privada de saúde também tem sido aliada fundamental nesta jornada. De acordo com levantamento da rede de Laboratórios do Grupo Sabin em Campinas, entre os meses de outubro e dezembro, a procura por exames que detectam os vírus causadores da gripe triplicou. “Neste período, detectamos um crescimento de 368% na busca pelos testes que identificam o vírus influenza. Este percentual nos mostra que a população tem se informado e, mais que isso, procurado atendimento correto, na hora certa, para que este cenário epidemiológico preocupante não se agrave”, observou o médico patologista clínico do Grupo Sabin, Dr. Alex Galoro.
O especialista destacou ainda que, neste momento, a identificação dos tipos de cepas virais circulantes é fundamental para que as autoridades de saúde analisem o comportamento do vírus da gripe. “Além de proporcionar tratamento correto, a detecção rápida e precisa auxilia no controle epidemiológico e desafoga as unidades públicas de saúde”, explica. Além disso, reitera Galoro, “com os indicadores corretos, é possível oferecer subsídios para que as secretarias de saúde desenvolvam ações mais efetivas de assistência, vacinação, campanhas educacionais de saúde, e, se necessário, intervenções em tempo hábil”.
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