SAÚDE

Aliada contra o câncer, vacina de HPV tem baixa adesão no Brasil

A vacinação contra o HPV, o papilomavírus humano, protege com bastante eficácia, quase 80 a 90%, alguém que nunca teve exposição ao vírus

Aliada contra o câncer, vacina de HPV tem baixa adesão no Brasil Aliada contra o câncer, vacina de HPV tem baixa adesão no Brasil
Crédito: BANCO DE IMAGENS

Ter uma vacina que evite o câncer parece um sonho distante, mas o que algumas pessoas não sabem é que existe um imunizante que pode evitar pelo menos alguns tipos de tumores. Trata-se da vacinação contra o HPV, o papilomavírus humano. "Existem duas, a bivalente e a quadrivalente. Elas protegem com bastante eficácia, quase 80 a 90%, alguém que nunca teve exposição ao vírus", comenta Caio Neves, oncologista do Instituto do Câncer de Brasília. Este agente infeccioso é um dos responsáveis pelas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) mais comuns do mundo e que nos homens costumam provocar lesões como: verrugas genitais e infecções, além de alterações pré-cancerígenas que podem acarretar alguns tipos de câncer no pênis, no ânus, na boca, na garganta, nos pés e nas mãos.  

No mês em que a saúde masculina ganha destaque, especialistas lembram que além do câncer de próstata, outras doenças podem ter diagnóstico precoce ou até mesmo serem evitadas. "É importante que todos estejam com os exames de rotina em dia. O HPV, por exemplo, é transmitido através da relação sexual, seja ela uma relação vaginal, anal ou oral e os sintomas, geralmente, são descobertos apenas quando a doença já está em um estágio mais avançado, dificultando, assim, o tratamento", afirma Caio.  

 

Prevenção  

Uso do preservativo, seja ele feminino ou masculino, nas relações sexuais é a principal forma de prevenção. Outra forma muito importante é a vacinação. No Brasil, a vacina contra o vírus está disponível o ano inteiro nas Unidades Básicas de Saúde do SUS. Em países como Estados Unidos, Suécia e Canadá, as taxas de infecção já caíram até 80% graças à imunização. "É importante acompanhar o calendário e não apenas iniciar, mas concluir o esquema vacinal. A imunidade só está completa quando se toma todas as doses. No caso do HPV, são duas para adolescentes e três para imunodeprimidos", conta o oncologista do ICB.  

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