Um dos mais importantes órgãos do corpo humano, o coração atua como uma bomba vital, cujo funcionamento precisa estar totalmente sincronizado para atender às necessidades do organismo. O risco surge quando os batimentos cardíacos dessincronizam, tornando-se rápidos e desordenados, quadro que pode comprometer a saúde do paciente de forma severa, causando impactos à sua vida de maneira geral.
O cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Paulo Pêgo Fernandes explica que o problema, chamado dissincronia ventricular, um tipo de arritmia cardíaca, pode acometer pessoas de todas as idades, até mesmo crianças e jovens. “Significa que os ventrículos direito e esquerdo não contraem simultaneamente, essa falta de coordenação pode piorar ainda mais o quadro no longo prazo”.
Ele frisa que alguns pacientes podem apresentar arritmias ventriculares malignas, por exemplo, que estão associadas à morte súbita, risco especialmente frequente em pacientes com Insuficiência Cardíaca causada por doença coronariana.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), atualmente, mais de 20 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de arritmia cardíaca, doença responsável por mais de 320 mil mortes súbitas todos os anos no país.
Os sintomas mais comuns são a percepção da alteração nos batimentos cardíacos, dor no peito e, em alguns casos, tontura e dificuldade para respirar.
O especialista ressalta que o problema pode ocorrer por causas multifatoriais, sendo mais comuns em pacientes com cardiopatias. Histórico familiar, problemas congênitos e doenças da tireoide, bem como consumo de álcool em excesso, estresse e tabagismo estão também entre as principais causas.
Comentários