Tem dias em que o estômago vira um 'buraco negro' e nenhum alimento dá a sensação de saciedade. Já em outros dias, o pensamento não para de sugerir algo para beliscar. Mas será que isso é fome de verdade?
Segundo Tayse Correa, nutricionista parceira da FIT FOOD, o corpo emite sinais diferentes para descrever a real demanda por comida. "Com fome fisiológica, você não fica seletivo. Come o que tiver na frente. O estômago ronca, pode haver irritabilidade e uma leve dor de cabeça", diz.
Diferente disso, a fome emocional acontece para preencher um vazio geralmente associado à alguma emoção como, ansiedade, tristeza, felicidade - e até mesmo, medo de passar fome. "Você sente vontade de comer alimentos específicos e come pelo simples fato do alimento estar disponível, sem respeitar a saciedade", afirma a nutricionista.
Para quem precisa enxugar alguns quilos, melhorar hábitos ou tratar alguma questão de saúde através da alimentação, Tayse puxa a orelha: "Não basta ter um plano alimentar maravilhoso, cheio de estratégias eficientes elaboradas por um profissional, se o paciente obedece sua fome emocional o tempo todo".
Para ter mais consciência sobre os sinais da fome real e favorecer a mudança do comportamento alimentar, a nutricionista sugere algumas práticas diárias diante da comida. Experimente:
Saia do automático. "Sempre reflita sobre os motivos que te levam a comer. Com a prática, isso também fica automático de uma maneira que é favorável a você e não à comida".
Pergunte a si mesmo antes de comer: "Isso é fome real?". "Esteja atento a sensação que chega e mude o comportamento para ser coerente com os sinais do corpo.
Experimente sentir fome fisiológica para comer, sem horários das refeições ou regras. É importante para distinguir os sinais de fome e saciedade. "Pelo menos por um tempo, a experiência também deve ser praticada por pessoas que precisam ter uma rotina alimentar".
Esteja presente no momento da refeição e a cada impulso que o leva à comer. "Se não corresponder aos sinais da fome real, interrompa o consumo no momento. Tome um copo de água e se entretenha com outra possibilidade disponível, até que a fome real se faça presente outra vez".
Pergunte-se também: está prazeroso? estou satisfeito? ou estou comendo só porque o alimento está disponível? "Isso inclui aquela sobra no prato, que muitas vezes não queremos jogar fora".
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