O ano de 2020 trouxe dificuldades e mudanças para todos, e nossos hábitos e comportamentos diários mudaram drasticamente. Com isso, as prioridades também modificaram, e para muitos o foco principal é a saúde e o bem-estar, incluindo alimentação. Como resultado, a cultura alimentar e de saúde mudou. Com isso, acredita-se que em 2021 as escolhas alimentares serão voltadas para uma nutrição que se alinha com as necessidades individuais, e principalmente escolhas que se engajam com valores como sustentabilidade, equidade e economia.
Já se foram os dias de dietas extremas, ingredientes desnecessários e falsas promessas. Conforme avançamos para o novo ano, a tendência é que cada vez mais as pessoas procurem alimentos que tenham um propósito, uma história e que atendam à sociedade, à saúde e o bem-estar.
Para a nutricionista Adriana Stavro, nesse novo contexto, muitos perceberão que as dietas restritivas, tão comuns e comentadas nas redes sociais, não atendem mais ao seu bem-estar físico ou emocional. A restrição leva à compulsão, culpa, vergonha, e um risco aumentado de desenvolver alimentação desordenada. Dados da International Food Information Council Federation mostraram que 39% dos americanos estão mais interessados em uma alimentação consciente ou intuitiva, práticas que enfatizam ouvir o seu corpo e suas necessidades ao determinar o que, quanto e quando comer.
Nutrição personalizada em destaque
Com isso em mente, os profissionais da área devem estar preparados para atender indivíduos que cada vez mais buscarão soluções de nutrição individualizadas que funcionem para suas necessidades específicas como saúde cardíaca, hipertensão ou prevenção do diabetes. A preocupação principal do momento são as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as famosas comorbidades tão comentadas durante a pandemia, e o quanto são prejudiciais para a saúde e à longevidade de forma geral. Paralelo às DCNT, a ansiedade e a preocupação em relação à imunidade proveniente do COVID-19,ncontinuam sendo um ponto importante em 2021. Alimentos que aumentam a imunidade terão um papel significativo neste ano.
Outro grande fator de transformação da relação das pessoas com os alimentos, é a crise climática. Mais do que nunca, as preocupações ambientais estão pesando mais nas mentes de todos, pois vemos que a cada ano nos aproximamos de um ponto de inflexão, em que se continuarmos no caminho em que estamos, este mundo pode se tornar mais difícil para todas as espécies, incluindo a nossa. Dados mostram que 6 em cada 10 consumidores globais estão mais interessados em saber sobre a origem dos alimentos.
Fonte: Adriana Stavro - Nutricionista Funcional e Fitoterapeuta - Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis - Mestre do Nascimento a Adolescência pelo Centro Universitário São Camilo.
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