ALIMENTAÇÃO & NUTRIÇÃO

Nutricionista aponta estratégias para não cair no temido efeito sanfona

Quando a diminuição da massa corporal é conquistada com base em dietas restritivas, as chances de engodar novamente são mais altas

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Crédito: www.pressmf.global

Perder peso não é um processo fácil, por isso, a possibilidade de reaver os quilos eliminados é temida por aqueles que embarcam em dietas. Conhecidos como efeito sanfona, a perda e o ganho de peso em curtos espaços de tempo podem causar não apenas problemas relacionados à autoestima, como também frustrações e aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.  

 

Uma pesquisa publicada pelo periódico americano New England Journal of Medicine, apontou que engordar e emagrecer ciclicamente aumentam o risco de problemas cardiovasculares e de morte prematura, em especial nos grupos de risco para doenças do coração, ou pessoas com níveis altos de colesterol. O estudo acompanhou 9 mil pessoas com idades entre 35 e 75 anos de idade e constatou que o vai e vem de apenas 1 quilo já é o suficiente para aumentar o risco de problemas cardiovasculares em 4% e o de morte prematura em até 9%.  

 

Segundo a nutricionista Gabi Lodewijks, para que o processo de emagrecimento seja duradouro, saudável e respeite o corpo é necessário trocar o pensamento de uma dieta restritiva por uma reeducação alimentar. “Há um falso achismo de que é preciso cuidar da alimentação apenas quando se quer perder peso. Na verdade, quando você abre mão dessa ideia, entende que a manutenção de peso é constante, pois é um estilo de vida que precisa ser adotado”.  

 

Evite relações emocionais com a comida  

 

Quando há a presença de sentimentos como tristeza, raiva ou culpa, o organismo tende a pedir por alimentos mais apetitosos, geralmente aqueles açucarados ou gordurosos. “Quando esses alimentos são ingeridos, o organismo libera hormônios relacionados ao prazer e ao bem-estar e por isso não é difícil encontrar pessoas que nutrem essa fome emocional, que contribui para o ganho de peso”, explica.  

 

Nesse cenário, a nutricionista enfatiza que é preciso parar para se observar e se vigiar. “Deve-se trabalhar o exercício de se perguntar se você está mesmo com fome, ou se aquele é apenas um momento de fragilidade em que você está buscando um mecanismo compensatório. Com isso, a pessoa se entende primeiro e passa a recorrer a outras formas de resolver seus problemas que não seja a alimentação”, analisa a nutricionista.  

 

Manter o peso requer cuidados especiais  

 

Mesmo quando o peso já foi conquistado, não é prudente se deixa levar pelo 'agora vale comer de tudo, já fiz muito sacrifício'. A nutri Gabi Lodewijks lembra que a manutenção de peso é um processo que requer constância. Isso não quer dizer que doces e frituras não possam entrar no cardápio. “O consumo deve ser feito de forma esporádica e em porções médias. A questão não é o que você come, mas em que quantidade e frequência”, diz.  

 

Mantenha o corpo em movimento  

 

A rotina de exercícios físicos não deve ser uma ação apenas durante a perda de peso. Ao gastar energia, a pessoa não apenas mantém o peso conquistado na reeducação alimentar, como também passa a ter mais liberdade de abusar um pouco em uma ocasião especial. “Assim como o controle de peso, manter o corpo em movimento contribui para a diminuição nos riscos de desenvolver doenças crônicas e para a saúde da mente”, recomenda Gabi.

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