Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, no ano passado cerca de 290 mil pessoas faleceram por problemas cardíacos, e segundo a Organização Mundial da Saúde, essa causa representa 31% das mortes registradas em âmbito global.
No entanto, alguns fatores podem contribuir para que isso seja evitado, como os exercícios físicos e a alimentação. "Um precisa do outro, quando você decide se movimentar, seu corpo pede uma alimentação adequada, pois está sendo exigido mais dos seus músculos, do que de costume (incluindo o cardíaco). Por isso, consumir alimentos ricos em proteínas, bons carboidratos e boas gorduras, é excelente, pois eles fornecem nutrientes suficientes para manter o equilíbrio e abastecer o corpo de forma adequada", explica a nutricionista Aliny Gomes Macedo, que trabalha no Hospital de Transição Royal Care.
Ela ainda complementa que ingerir fibras também auxilia no bom funcionamento do intestino e colabora para a absorção e digestão, aumentando nossa imunidade.
Alguns alimentos estão diretamente ligados à saúde do coração, que o afetam negativamente, entre eles, aqueles que apresentam alto teor de açúcares, sódio, triglicerídeos e gorduras provenientes de uma dieta rica em carboidratos refinados, tais como chocolates, bolos e pães. Além disso, eles estão associados com a insônia e todos nós sabemos do risco ao corpo quando submetido a privações de sono.
"Outro fato são as dietas ultraprocessadas. Nos dias atuais, as pessoas cozinham cada vez menos por falta de tempo, e compram alimentos congelados com uma validade a perder de vista, que trazem não só uma 'praticidade' no preparo, mas também uma redução no nosso tempo de vida", complementa Aliny.
Já quando falamos da importância da nutrição na recuperação e na reabilitação das pessoas que desaprenderam a realizar as tarefas básicas, é porque a ingestão desses alimentos considerados saudáveis, ajuda a evitar complicações e processos inflamatórios, que podem piorar o quadro clínico.
"Portanto, para se obter sucesso, é preciso que paciente e familiares estejam engajados em levar a boa Terapia Nutricional ofertada no hospital para casa e, muitas vezes, toda a família ganha com esses novos hábitos", comenta a profissional.
Por isso, uma equipe multiprofissional bem alinhada e focada na recuperação do paciente é essencial, visto que o conhecimento das especificidades de cada área favorece a tomada de decisão mais equilibrada e ideal naquele momento. A Terapia Nutricional, quando bem aplicada, pode intervir de forma relevante no controle deste processo, através de protocolos pré-estabelecidos. O nutricionista trabalha para auxiliar nos efeitos dos medicamentos utilizados no tratamento da mucosa gastrointestinal, prevenindo a anorexia, preservando a massa magra do cardiopata e mantendo imunidade do paciente, evitando complicações.
Segundo Aliny, a nutrição na terceira idade é tão importante quanto na infância. Alguns desafios estão relacionados ao trato intestinal do idoso, pois ele perde força, o que resulta em inflamações estomacais. Essas são as dores que normalmente levam a recusa de alimentar-se. Há, também, a redução na produção de hormônios, apresentando uma predisposição ao desenvolvimento de Diabetes tipo II.
"O ato de se alimentar está intimamente associado ao prazer, remete, em muitos pacientes idosos, a momentos em família e de confraternização com seus entes queridos. Por isso, trabalhamos com muita dedicação para levar o máximo de conforto aos pacientes e familiares", finaliza a nutricionista.
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