SAÚDE

Mulheres são as mais atingidas pela Urticária Crônica Espontânea

Na maioria das vezes, paciente relaciona erroneamente a UCE com crise nervosa

Mulheres são as mais atingidas pela Urticária Crônica Espontânea As mulheres são duas vezes mais propensas que os homens a manifestarem a UCE
Crédito: BANCO DE IMAGENS
Urticária Crônica Espontânea é uma doença que não é causada por nenhum fator externo como alimentos, produtos de limpeza ou cosméticos. Ela acomete com a mesma frequência pessoas de todos os lugares, independentemente da classe social, etnia ou idade. No entanto, ela é mais comum entre 20 e 40 anos de idade, e, a cada 3 pacientes com UCE, 2 são mulheres.

As mulheres são duas vezes mais propensas que os homens a manifestarem a UCE. Com a dificuldade de chegar ao diagnóstico correto e, portanto, ao tratamento adequado, a maioria dessas mulheres adiam planos de vida – pessoal e profissional – e atribuem erroneamente a doença ao estresse do dia a dia.

De acordo com o médico Dr. Luis Felipe Ensina “é importante esclarecer a população que urticária nervosa não existe”. Ainda segundo ele, o que é bastante comum é exatamente o contrário. “Como os sintomas da UCE aparecem de uma hora para outra e impedem o paciente de ter uma vida normal, a ansiedade e até outras doenças psicológicas mais graves podem aparecer em decorrência da doença”, afirma o especialista em alergia e imunologia.

Em pesquisa da Ipsos, relatos como dificuldades com seus parceiros amorosos, ausências e desconfiança no trabalho, adiamento de compromissos, desenvolvimento de ansiedade e reclusão, são comuns vindo de pacientes mulheres acometidas pela UCE.

De acordo com especialista, o diagnóstico da UCE é mais simples do que se imagina: se os sintomas mais comuns – coceiras, vermelhidão e/ou inchaço (angioedema) – persistirem por mais de seis semanas seguidas e as lesões aparecerem em lugares diferentes constantemente, provavelmente o paciente sofre de Urticária Crônica Espontânea.


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