Miomas são nódulos benignos que se formam na parede interna ou externa do útero e que costumam se manifestar principalmente durante a fase fértil, isto é, o período em que a mulher menstrua. Estão bastante associados com os hormônios femininos e geralmente regridem após a menopausa - período em que cessa a menstruação. São mais frequentes em mulheres negras - não se sabe ainda por qual motivo tal ocorrência - e naquelas em que há alguma familiar também acometida por miomas. A ginecologista e obstetra Dra. Kelly Alessandra da Silva Tavares, da capital paulista, alerta para os sinais e indica como tratar o problema.
“O mioma se desenvolve a partir do tecido muscular liso do útero, no qual uma única célula se divide repetidamente e desenfreadamente, até criar uma massa distinta dos tecidos próximos. Eles podem se desenvolver de forma lenta, rapidamente ou permanecer do mesmo tamanho”, diz.
“Há 3 tipos de miomas: os subserosos que se localizam na parte externa do útero e, geralmente, crescem para fora e não costuma afetar o fluxo menstrual. Os intramurais, aqueles miomas que crescem no interior da parede uterina e se expandem, fazendo com que o útero possa aumentar seu tamanho. Esses são os tipos de miomas mais comuns e, geralmente, provocam um intenso fluxo menstrual, dor pélvica ou sensação de peso no baixo ventre. Os miomas submucosos são aqueles que se localizam dentro da cavidade uterina - local onde o bebê cresce durante a gestação - e podem provocar intensos e prolongados períodos menstruais", ensina a médica.
O diagnóstico é feito a partir dos sintomas apresentados seguido de exame físico e exames complementares como ultrassonografia pélvica, ressonância nuclear magnética e histeroscopia. “Já o tratamento varia muito de acordo com os sintomas e a época da vida reprodutiva - se a mulher deseja ou não ter filhos - e pode ser cirúrgico - retirada dos miomas e/ou do útero - ou conservador - com medicamentos que controlam o sangramento e preservando o útero e os miomas”, finaliza.
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