De acordo com recentes pesquisas realizadas mundialmente, o envelhecimento da população tem crescido em um ritmo acelerado, exigindo uma preparação de toda a sociedade para as questões sociais e econômicas provenientes desse processo. É necessário que se redobre a atenção com essa população, que em grande parte das vezes, necessita de uma alimentação especial, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida e saudabilidade, o que demanda novos desafios às políticas de saúde pública. Segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), cerca de 30% da população de 215 milhões, prevista para 2050, terão 60 anos de idade ou mais.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), representante do setor de suplementos alimentares para grupos populacionais específicos, tais como idosos, comenta que com o processo natural do envelhecimento, é de grande importância estar atento à nutrição e alimentação, bem como à prática de exercícios e hábitos saudáveis. “Com o avanço da idade, as alterações fisiológicas do próprio envelhecimento e a presença de algumas enfermidades, comuns que acometem essa população, fazem com que o corpo necessite de uma alimentação especial”, explica Kathia F.Schmider, nutricionista - especialista em Nutrição em Saúde Pública e Coordenadora Técnica da ABIAD.
A ingestão inadequada de alguns nutrientes pode contribuir para o aparecimento de enfermidades ou mesmo agravá-las, como é o caso das proteínas que são essenciais para a manutenção da massa muscular. De acordo com estudo publicado em 2014 no Oxford Journals of Medicine & Health Age, a sarcopenia, síndrome caracterizada pela perda da massa muscular devido à diminuição da síntese proteica (processo de construção de músculos que ocorre por meio da conjugação de diversos aminoácidos), está presente em até 29% da população geral e, quanto mais velha, maior esse índice. A análise mostrou que a sarcopenia aparece entre 14% a 33% dos idosos que estão sob cuidados e em 10% naqueles que passaram por internação em hospitais.
Da mesma forma, uma ingestão insuficiente de cálcio e vitamina D compromete a saúde óssea, assim como o baixo consumo calórico e a baixa imunidade se tornam fatores de risco para outros males, devendo sempre serem observados. Em todos os casos é essencial a avaliação pelo médico ou nutricionista sobre a necessidade da utilização de suplementos alimentares específicos para cada uma das situações mencionadas que se tornam essenciais para minimizar o risco de doenças e contribuir para um envelhecimento mais saudável. “Por isso a importância em ter acesso e conhecimento às alternativas que agreguem saúde e que mantenham a qualidade de vida de idosos, sendo uma tendência mundial que esses cuidados e atenção sejam efetivos na vida dessas pessoas”, completa a nutricionista Kathia.
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