Inicialmente, precisamos saber o que é a creatina. Ela é uma substância produzida a partir de três aminoácidos (unidades formadoras de proteínas). Nosso corpo, sejamos atletas ou não, produz creatina através de proteínas consumidas na alimentação. A creatina é sintetizada nos rins e no fígado e é armazenada quase que inteiramente nos músculos. A principal função da creatina é fornecer energia para a contração dos músculos. Se houver mais creatina disponível no corpo, maior será o tempo em que seu organismo consegue manter a geração de energia para atividades esportivas explosivas.
Os primeiros trabalhos apresentavam resultados conflitantes quanto ao uso externo de creatina. Atualmente, já há algum consenso entre os pesquisadores. A creatina parece sim proporcionar real ganho de massa muscular quando associada a um programa rotineiro de musculação.
Os ganhos de massa muscular da suplementação de creatina parecem ser o resultado de uma maior capacidade de realizar exercícios de alta intensidade, permitindo que o atleta treine mais e com maior potência.
O uso de suplemento de creatina deve ser indicado pelo médico ou nutricionista de acordo com o histórico de saúde da pessoa, não sendo indicado com frequência para pessoas com problemas nos rins, fígado ou diabetes descompensada, pois há maior risco de efeitos adversos.
Já é comprovado que o excesso de aminoácidos e proteínas causa aceleração da perda de função dos rins em pacientes com insuficiência renal crônica, por isso, o uso de creatina nesses pacientes é contraindicado e seu uso é desaconselhado em pessoas que não sejam completamente saudáveis.
Os efeitos colaterais mais comuns da creatina são náuseas, diarreia, câimbras e desidratação. Em pessoas com asma, a creatina pode causar exacerbações da doença.
Além disso, outros efeitos adversos que podem surgir com o uso inadequado do suplemento, principalmente quando não se tem uma alimentação adequada, são tonturas, cãibras, aumento da pressão arterial, retenção de líquido e inchaço abdominal.
Por isso, nunca faça suplementação sem indicação e acompanhamento de um médico ou nutricionista especializado;
Fonte: Dr. Felipe Borges, médico cirurgião do aparelho digestivo com ênfase em fígado da Gastrofig.
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