O ano de 2020 foi um grande desafio para as famílias que obrigatoriamente tiveram que criar novas rotinas para acolher as crianças o dia inteiro dentro de suas casas.
Ficou evidente que grande parte da população dependia dos cuidados terceirizados de auxiliares do lar, escolas, berçários e creches. Na população mais carente, faltou o próprio alimento e nas classes média e alta, a questão foi conciliar home office com o preparo dos alimentos. Escassez de tempo e escassez de habilidades culinárias intensificaram a busca por alimentos industrializados, de mais fácil acesso e pronto preparo, porém, carregados de sódio, gorduras e açúcar
De acordo com a Dra. Renata Aniceto, pediatra da Liga da Cozinha Afetiva e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a substituição pelos alimentos conhecidos como ultraprocessados e também hiperpalatáveis desencadeou um aumento significativo de erros alimentares e consequentemente um aumento da obesidade infantil.
"Temos que levar em consideração, que a falta da escola e da atividade física colaboraram para este quadro, via diminuição do gasto energético e do aumento da ansiedade. Após meses de pandemia, algumas famílias ainda tentam administrar as suas rotinas." Completa a pediatra.
A pediatra elencou algumas dicas para reorganizar o dia alimentar das crianças:
• Divida o dia alimentar em: café da manhã/lanchinho/almoço/lanchinho/jantar/ceia e cole o esquema na porta da geladeira;
• Tenha um cardápio de domingo a segunda para que você possa programar as compras;
• Prefira alimentos frescos;
• Se necessário já faça a compra de verduras higienizadas e cortadas;
• Substitua guloseimas por bolos caseiros e biscoitos integrais, pipoca e iogurtes;
• Prefira sucos de frutas naturais ou em polpa não adoçada, porém consuma pouco suco e muito mais água;
• Beba água nos intervalos;
• Porcione o prato de maneira adequada: ¼ carboidratos, 1/4 proteínas, 2/4 hortaliças (legumes e folhas).
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