O câncer de mama deve atingir quase 70 mil brasileiras até o fim deste ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer, o Inca. Uma das ferramentas contra esse tipo de câncer é o diagnóstico precoce.
Um estudo, feito pela Revista Científica The Lancet e divulgado em agosto deste ano, revelou que descobrir o câncer de mama no início pode reduzir a mortalidade em até 25%. Daí a importância de fazer os exames preventivos regularmente. Além da mamografia, que deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos de idade, conforme orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia, é indispensável fazer o autoexame dos seios.
O cirurgião plástico Lucho Montellano destaca que esse procedimento é importante para as mulheres conhecerem o próprio corpo e buscarem ajuda médica com antecedência caso identifiquem alguma alteração suspeita nas mamas. “Vale ressaltar que o autoexame não substitui a mamografia, mas pode ajudar no diagnóstico precoce”, pontua.
Para o especialista, as mulheres devem observar e apalpar os seios livremente sempre que desejarem e se sentirem à vontade. “A orientação do Inca é que o procedimento seja feito cotidianamente. Não se recomenda mais uma técnica nem periodicidade específica”, esclarece. Montellano explica ainda que, por meio do autoexame, é possível identificar nódulos com mais de 2cm, secreções e alterações nos seios.
Silicone atrapalha o exame?
Uma dúvida recorrente entre mulheres que têm silicone nos seios ou planejam colocar é se a prótese atrapalha os exames de prevenção do câncer de mama. Conforme Montellano, a resposta é não. “O silicone fica atrás da glândula mamária ou dentro do músculo. Por isso, não atrapalha a mamografia nem o autoexame”, justifica. “Mulheres que têm silicone também devem realizar o preventivo regularmente”, enfatiza.
“O autoexame pode salvar vidas. Ele é de extrema importância para a mulher, não só no diagnóstico, como no tratamento e chances de cura”, conclui Dr. Lucho Montellano.
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