Marcio Gaefke, profissional de educação física, especialista em prescrição de exercícios para patologias específicas, explica que a grande dificuldade do diabético, além de fazer o controle glicêmico, é perder gordura localizada e ganhar massa muscular. “Isso ocorre por um processo chamado resistência insulínica, quando o pâncreas produz insulina a mais na tentativa de controlar os níveis de açúcar no sangue, mas essa quantidade em excesso de insulina acaba não funcionando como deveria”.
No final das contas: sobra insulina que não funciona efetivamente e a diabetes tipo 2 surge. Com o passar do tempo, as células produtoras de insulina – as células Beta do pâncreas, vão entrando em fadiga/falência e então é preciso mudar os hábitos e estilo de vida, assim como a administração de medicamentos contínuos.
“Quando se perde peso, perde gordura, mas também há uma queda da massa muscular em algum grau. Quando engorda novamente, apenas a massa de gordura é que volta a aparecer. Repetindo este processo diversas vezes, cada vez mais é natural que se tenha mais massa de gordura e menos massa magra”, avisa o especialista.
Para Márcio, a grande questão é que a massa muscular faz parte da estrutura do corpo. São os músculos que dão sustentação aos ossos e evitam as quedas. “Os músculos armazenam glicose, entre suas fibras, que é utilizada quando precisamos fazer alguma atividade física. Para ganhar massa magra e perder gordura localizada tendo diabetes é preciso entender que 80% da regulação da glicemia quem faz é o músculo, por isso, é essencial praticar exercícios físicos resistidos com carga ou com o próprio peso do corpo, já que o músculo o nosso corpo utiliza a glicose que está na corrente sanguínea sem a produção de insulina pelo pâncreas, ou seja, além de ganho de massa magra, se torna viável melhorar a resistência à insulina e controlar a glicemia. Os ganhos vão além da saúde e respingam positivamente na estética”, finaliza.
Fonte: Marcio Gaefke - CREF 081924-G/SP. Graduação Licenciatura plena em Educação Física pela UNIESP em 2005, pós graduação em nutrição esportiva pela UNICID em 2011, especialista no treino HIIT e especialista em prescrição de exercícios para as mais diversas patologias osteoarticular e autoimunes e criador do Programa Sem Impacto.
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