ESPORTES & EXERCÍCIOS

Atletas amadores evitam riscos à saúde com programas clínicos voltados para público ‘fit’

Alta em modalidades esportivas impulsiona assistência de cardiologistas, educadores físicos e nutricionistas 

Atletas amadores evitam riscos à saúde com programas clínicos voltados para público ‘fit’ Os riscos de realizar exercício físico por conta própria variam de simples lesões a problemas mais graves
Crédito: iStock
Atleta profissional, esportista amador ou jogador de fim de semana. Não importa. A atividade física é fundamental e ser orientado por profissionais da saúde também. A administradora Daniela Monstans, de 44 anos, é ciclista amadora e participa de provas nesta modalidade. Ativa desde pequena, ela sofreu um infarto logo após um dos treinos para o campeonato. “Depois de me exercitar, estava em uma rodovia a caminho do trabalho quando comecei a sentir dores. Nunca imaginei que eu pudesse estar sofrendo um infarto”, diz Daniela, paciente do programa CardioFit do Hospital Samaritano Higienópolis e que, hoje, pratica sua atividade com segurança.
Os riscos de realizar exercício físico por conta própria variam de simples lesões a problemas mais graves como, por exemplo, de coração. Acostumado a acompanhar atletas profissionais, como lutadores de MMA, e também pessoas com rotinas comuns, o coordenador da cardiologia da unidade, Dr. Leandro Rubio, faz um paralelo entre esses dois perfis e os riscos aos quais estão expostos. “É interessante que indivíduos sedentários, principalmente caso sejam fumantes, tenham pressão ou colesterol altos, diabetes e história de doença cardíaca precoce na família, façam uma avaliação com profissionais de saúde antes de iniciarem a atividade física. Já para os atletas profissionais, o foco será mais direcionado para aumentar a sua performance e evitar lesões”, diz Rubio.
Para atender a demanda deste público, que é preocupado com a saúde e disposto a começar uma atividade, o programa CardioFit do Hospital Samaritano Higienópolis conta com uma equipe multidisciplinar que analisa desde o coração até a alimentação do paciente, preparando um plano de treino especializado. Composta por cardiologistas, nutricionistas e educadores físicos, o objetivo é mapear as condições deste atleta e prepará-lo. “Coletamos todas as informações sobre a rotina e histórico físico deste paciente, analisamos os exames que nos ajudam a rastrear os possíveis problemas, e acompanhamos esta evolução da saúde assim como a resposta do corpo dele após o treinamento”, diz o Dr. Ricardo Contesini, cardiologista do programa.
Um estudo do American College of Cardiology em 2009 descobriu que o risco de morte por correr uma maratona é de 0,8 a cada 100.000 pessoas. Apesar de não ser um fenômeno comum, a morte súbita durante corridas de longa distância começa a aparecer com a expansão do número de corredores que participam deste tipo de competição.
Além disso, a incidência anual estimada de morte súbita cardíaca em atletas varia de 1 em 50.000 a 1 em 200.000-300.000, segundo levantamento do Medscape. Um a cada 15.000 corredores recreativos, 1 a cada 50.000 corredores de maratona, e 1 a cada 100.000 atletas do ensino médio sofrem morte súbita cardíaca nos Estados Unidos.
Os cuidados com a saúde e com o corpo estão em alta. Além das maratonas, provas de ciclismo e esportes tradicionais, surgem tendências como o Crossfit e treinamentos funcionais. Mais do que estar pronto para começar uma das modalidades é preciso estar preparado. E isso, somente uma equipe de profissionais qualificados em um centro de excelência pode garantir.

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