SUPLEMENTOS

Entenda a relação entre o ômega 3 e a depressão

Estudos reforçam a importância da presença do ácido graxo no organismo

Entenda a relação entre o ômega 3 e a depressão Um estudo avaliou a relação entre a presença do ômega 3 e a presença de depressão e ansiedade
Crédito: Flickr/Ryan Melaugh
Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas apresentam depressão em todo o mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o Brasil está em primeiro lugar em casos de depressão na América Latina, com cerca de 6% da população. E quando falamos em casos de transtornos mentais na vida dos brasileiros, além da depressão, a ansiedade generalizada e a síndrome do pânico também são considerados cada vez mais frequentes. 

Diante deste cenário, a ciência está cada vez mais dedicada em entender o papel de certos nutrientes em doenças e distúrbios. Em relação à suplementação do ômega 3 não é diferente, estudos na literatura científica indicam que a suplementação com o óleo de peixe pode impactar positivamente na qualidade de vida de pessoas diagnosticadas ou com pré-disposição para depressão. Outros trabalhos também apontaram que em pacientes com sintomas de depressão e ansiedade, a deficiência do ácido graxo é maior do que em pessoas que somente vivem com distúrbio. 

Um estudo avaliou a relação entre a presença do ômega 3 e a presença de características clínicas de depressão e ansiedade. A partir de dados retirados do trabalho Netherlands Study of Depression and Anxiety, os autores observaram que pacientes convivendo simultaneamente com depressão e ansiedade apresentaram menor concentração de ômega 3 no organismo, assim como os pacientes depressivos. 

Esta relação com o ômega-3 se dá por conta do potencial anti-inflamatório do óleo de peixe em reduzir a hiper-reatividade do sistema imune associado a depressão, comenta o Dr. Renato Leça, coordenador das disciplinas de Medicina Integrativa e de Nutrologia com Prática Ortomolecular da Faculdade de Medicina do ABC e consultor da Biobalance. É importante citar, além disso, que a insuficiência do DHA, um dos ácidos presentes no ômega-3, implica na redução indireta dos neurotransmissores serotonina e dopamina, que são associados à depressão. Dessa forma, o papel do DHA na saúde cerebral é associado à formação de novos neurônios e regulação da comunicação entre as células, o que favorece a melhora dos sintomas associados.

Uma metanálise recente relatou, por outro lado, que indivíduos suplementados com EPA puro, que é outro ácido presente no ômega 3, ou inserido em formulações com maior presença dele, demonstraram benefícios clínicos importantes na melhora do transtorno depressivo, o que reforça a importância da associação entre EPA e DHA no suplemento de ômega 3.

*Fonte: Renato Leça, coordenador das disciplinas de Medicina Integrativa e de Nutrologia com Prática Ortomolecular da Faculdade de Medicina do ABC. Consultor da Biobalance. 

Comentários