SAÚDE E SUPLEMENTAÇÃO INFANTIL

Obesidade infantil: como evitar esse problema?

O número de crianças obesas aumentou dez vezes nas últimas 4 décadas no mundo todo

Obesidade infantil: como evitar esse problema? A estimativa da OMS é que, a partir de 2022, o excesso de peso ultrapasse a desnutrição
Crédito: BANCO DE IMAGENS
A obesidade infantil é considerada uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e não é por menos: um estudo recente concluiu que o número de crianças obesas aumentou 10 vezes nos últimos quarenta anos no mundo todo, e que, se essa tendência continuar, haverá mais crianças com excesso de peso do que abaixo do peso ideal até 2022. 

A última pesquisa da organização, realizada em 2016, apontou que 41 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, estavam acima do peso ou obesas. Os dados são tão alarmantes, que cartilhas de orientação aos pais vêm sendo desenvolvidas, a fim de tentar reverter esse problema. As recomendações de saúde mais recentes da OMS, por exemplo, indicam horas de sono e atividades físicas como parte da rotina das crianças. 

Além do incentivo a uma vida mais ativa, ficar de olho no que é colocado no prato das crianças também é essencial, já que “o excesso de peso sempre vem como consequência do consumo excessivo de calorias”, como explica a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau. 

A seguir, a nutricionista dá dicas de alimentos que não podem faltar na dieta de uma criança e cita medidas simples para serem implementadas na rotina alimentar da família:

ALIMENTOS QUE NÃO PODEM FALTAR

Fontes de ferro: para prevenir anemias e favorecer a boa oxigenação dos tecidos corporais (carnes, feijões, verduras escuras).

Fontes de cálcio: para favorecer a boa formação óssea e dos dentes (leite e derivados, vegetais escuros e sementes, como a de gergelim).

Fontes de vitaminas do complexo B: importantes para o metabolismo energético e para o sistema nervoso central (carnes, arroz, feijões, vegetais escuros).

Fontes de vitamina A: atua na imunidade, na saúde da visão e da pele (vegetais amarelo alaranjados, leite integral, queijos amarelos, verduras verde-escuras).

“De forma geral, a alimentação deve se basear em “comida de verdade”, o mais fresca possível e preparada com ingredientes de qualidade nutricional elevada, com consumo frequente de frutas, legumes e verduras, além de carnes, feijões, cereais e laticínios”, indica Renata Guirau. 

Já alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinho, balas, chicletes, iogurte açucarados, refrigerantes, sucos artificiais, alimentos fritos e fast foods devem estar fora do cardápio de uma criança, segundo a nutricionista. 

Como promover uma alimentação saudável dentro de casa? 

Para melhorar a alimentação dos filhos, é fundamental que os pais e cuidadores sejam exemplos. Aliado a isso, existem ações simples que podem ser acrescentadas na rotina familiar para incentivar os hábitos alimentares saudáveis ainda na infância: 

- Manter frutas, legumes e verduras sempre presentes e, se possível, já lavados para que a criança possa pegar na fruteira ou geladeira

- Permitir que a criança participe da compras no supermercado e no preparo das refeições

- Estimular refeições em família, sentados à mesa

- Dar autonomia desde cedo para a criança se alimentar sozinha, com alimentos na textura que seja possível que a criança pegue sozinha

- Estabelecer regras para o consumo de guloseimas, sempre definindo de forma a promover a moderação

- Evitar o consumo regular de refrigerantes e sucos artificiais

- Não comprar guloseimas para deixar estocadas em casa

- Não distrair as crianças com televisão, celular ou tablets na hora das refeições

- Não oferecer açúcar antes dos dois anos de idade (para favorecer uma boa formação de paladar para alimentos saudáveis)

- Não oferecer guloseimas como recompensa por bom comportamento, ou por “comer tudo o que tem no prato” .

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