SAÚDE

Síndrome do pânico atinge 280 milhões de pessoas no mundo, segundo OMS

Especialista explica como essa patologia é desenvolvida e os métodos para tratamento

Síndrome do pânico atinge 280 milhões de pessoas no mundo, segundo OMS

As doenças mentais são consideradas o mal do século, entre elas a síndrome ou transtorno do pânico. Essa patologia atinge cerca de 4% da população mundial, algo em torno de 280 milhões de pessoas, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Além disso, pessoas que sofrem com a doença, estão sujeitas a desenvolver outros transtornos como a depressão que afeta 5,8% da população brasileira e a ansiedade que afeta 9,3% da população. A síndrome do pânico é caracterizada como um tipo de transtorno de ansiedade em que ocorrem crises inesperadas e recorrentes com sensações de medo, descontrole ou desespero.

A síndrome do pânico pode se desenvolver em situações na qual o indivíduo se sente fora de controle ou impotente para fazer algo, como em casos de acidentes e falecimentos ou, até mesmo, em circunstâncias em que o remeta a algo ruim ou extremamente desagradável, como o risco de morte, que acaba gerando o pânico. Para o especialista em medicina comportamental pela UNIFESP e hipnoterapeuta Valdecy Carneiro, qualquer pessoa está sujeita a desenvolver a doença, embora as mulheres sejam mais atingidas que os homens, as crianças também estão sujeitas a desenvolverem o transtorno.

Os principais sintomas da síndrome do pânico são: sensação de despersonalização, em que o indivíduo tem a impressão de ser estranho a si mesmo, formigamentos, arritmias, sensação de morte, tremores, sudorese excessiva, falta de ar, tontura. “A pessoa também pode acabar desenvolvendo algumas fobias específicas que estão associadas a esses sintomas como medo de escuro, medo de lugares fechados, transporte público, sair à noite. Isso também acarreta a uma baixa autoestima e nos casos mais graves pode levar a ideações suicidas”, explica o especialista.

O diagnóstico do transtorno é feito por um médico ou psicólogo, e atualmente existem muitos métodos que são utilizados para tratamento, como terapias cognitivas comportamentais, práticas respiratórias e meditativas e a hipnoterapia, método que utiliza a hipnose para o tratamento de transtornos diversos, com grande eficácia. O especialista Valdecy Carneiro, presidente da Sociedade InterAmericana de Hipnose (SIAH), desenvolveu o “Protocolo Carneiro para Síndrome do Pânico”, tratamento que tem demonstrado eficácia em 90% dos casos em que foi aplicado, realizado em apenas três sessões. “Temos uma quarta sessão chamada de devolutiva, em que reavaliamos o paciente e também fazemos a verificação da melhora com inventários validados internacionalmente”, comenta Valdecy.

O especialista também recomenda que as pessoas que detectam tais sintomas devem buscar ajuda profissional, sem se entregar a automedicação, pois existem muitas metodologias e profissionais de saúde que irão ajudar o indivíduo nesses casos. Outro fator importante, é não acreditar em todas as sintomatologias que estão descritas na web, pois se uma pessoa possui um dos sintomas apresentados, pode começar a desenvolver os demais por meio da autossugestão.

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