Em algumas casas, os vilões saem da TV e invadem a vida de muitas famílias. É o caso de quem
enfrenta o diagnóstico do câncer infantil que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), poderá afetar 12,6 mil crianças brasileiras em 2017. Por ser capaz de aumentar as chances de cura em até 75%, a detecção precoce é considerada uma das principais armas no combate a esse mal.
Para conscientizar a população sobre a doença, nasceu o Dia internacional de luta contra o câncer na infância, comemorado no dia 15 de fevereiro. Um dos objetivos da data é alertar pais – e até mesmo a comunidade médica – para a importância de reconhecer os sintomas da neoplasia o quanto antes, já que muitas vezes eles podem ser confundidos com outros problemas frequentes nessa fase da vida.
Entre os tipos mais comuns da doença em crianças, Sergio Perlamagna, onco-hematologista infantil da Central Clinic, clínica do Grupo Oncologia D’Or em São Paulo, destaca as leucemias – neoplasia dos glóbulos brancos de causa ainda desconhecida. “Em geral, a leucemia pode apresentar febre, palidez, cansaço, manchas arroxeadas pelo corpo, entre outros”, explica.
Estar atento a estes sinais é o primeiro passo para a identificação do câncer. Desta forma, será possível dar início ao melhor tratamento. Ainda segundo Perlamagna, a quimioterapia é – atualmente - a primeira opção de terapia, sendo considerado o transplante de medula em casos mais agressivos.
Além dos cuidados médicos, o paciente precisa contar com o apoio e carinho da família. Entre os 8 e 10 meses após o diagnóstico, a criança tem uma mudança de rotina brusca, não podendo frequentar a escola, festas e locais fechados em geral. A alimentação ainda fica restrita devido a possíveis infecções. “Quando o paciente entra em fase de manutenção da doença, ele começa a retornar às suas atividades normais. Por isso, é preciso um pouco de paciência durante esse período”, finaliza Sergio Perlamagna.
Principais sinais e sintomas da leucemia
Muitos dos sintomas da leucemia em crianças podem ser confundidos com qualquer outra patologia. Entretanto, é importante estar atento e comunicar ao médico os problemas identificados. Abaixo, o especialista Sergio Perlamagna destaca os principais sinais e sintomas da doença.
1. Fadiga e palidez;
2. Infecção e febre;
3. Dor nos ossos ou nas articulações;
4. Inchaço no abdome;
5. Perda de apetite e perda de peso;
6. Aumento dos linfonodos;
7. Tosse ou dificuldade para respirar;
8. Inchaço do rosto e braços;
9. Dor de cabeça, convulsões e vômitos;
10. Erupções cutâneas, problemas de gengiva;
11. Fadiga e fraqueza.
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