ESPORTES & EXERCÍCIOS

Atletas com hemofilia vencem barreiras pelo esporte

Federação Brasileira de Hemofilia destaca que a coagulopatia hereditária não impede atletas de praticarem esportes

Atletas com hemofilia vencem barreiras pelo esporte

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro têm sido o centro das atenções do mundo inteiro e os atletas participantes desta edição têm se destacado pela excelente atuação e, principalmente, pelas emocionantes histórias de vida.

A história não é diferente no caso de atletas com disfunções hemorrágicas. A hemofilia, por exemplo, não impediu que os atletas Francesco Fiorini, Enrico Mazza e Luca Montanha participassem da 45° edição da maratona de Nova York, um dos maiores eventos esportivos do mundo. E também não impossibilitou que o britânico Alex Dowsett atingisse altas velocidade sobre uma bicicleta e se tornasse um campeão reconhecido internacionalmente. No imaginário popular, ainda está impregnada a ideia de que pessoas com hemofilia são frágeis e não podem praticar esportes, mas a profilaxia possibilita mais liberdade e qualidade de vida para essas pessoas.

A presidente da Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), Mariana Battazza Freire, ressalta que os atletas com hemofilia em competições são uma inspiração para a nova geração. "Eles são a prova de que o tratamento de profilaxia individualizado é totalmente eficaz e permite que todas as pessoas com coagulopatias trabalhem, se divirtam, treinem e estejam em igualdade de condições com as pessoas sem coagulopatias. Não podemos negar: um atleta com hemofilia é o símbolo da autonomia, da liberdade do sucesso do tratamento.”

A presidente da FBH pontua ainda a necessidade de acompanhamento médico adequado, pois um atleta de alto rendimento com hemofilia precisa de um acompanhamento profissional muito estrito em relação ao seu treinamento e à reposição antecipada de fator de coagulação.

Segundo Mariana, a prática regular de um esporte, associada à profilaxia e acompanhamento médico adequado, resulta em aumento da resistência muscular diminuindo os riscos de lesões articulares, além de trazer benefícios emocionais. “O esporte ajuda a aliviar o estresse do cotidiano, favorece a socialização e traz bem-estar emocional”, destaca.

 

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