SAÚDE

Fisiologia endócrina feminina

As grandes diferenças existentes entre a fisiologia metabólica feminina comparada com a fisiologia metabólica masculina

Fisiologia endócrina feminina

 Hoje queria comentar com vocês sobre as grandes diferenças existentes entre a fisiologia metabólica feminina comparada com a fisiologia metabólica masculina, ou seja, uma bioquímica corporal totalmente diferenciada entre os sexos.

 Abordar tecnicamente uma paciente do sexo feminino significa entender que diversos padrões bioquímicos e enzimáticos são diferentes dos padrões encontrados nos pacientes do sexo masculino e isso com certeza fará muita diferença no resultado final objetivado, seja ele estético ou funcional, seja ele para fins competitivos (fisiculturismo) ou não.

 São diversas as vias que poderão ser diferenciadas numa mulher e a abordagem deverá ser sempre analisada de forma muito específica de acordo com a individualidade biológica de cada paciente, levando sempre em consideração o genótipo e fenótipo, além dos relatos feitos pela própria paciente ao profissional no decorrer dos preparos.

 Vias sinalizadoras como (AMPK, PGC 2 alfa, MTOR, AKT, HIF-1 Alfa, ácido fosfatidico, dentre outras), proteínas estruturais (UCP mitocondrial, leptina), receptores bioquímicos (GLÚTES 4, receptores AR, 5HT 1 e 2, Alfa inibitórios, Beta Adrenergicos, Muscarinicos), hormônios como insulina, colecistocinina (CLK), aldosterona, cortisol e corticosterona, progesterona, prolactina, estrogênios (estradiol, estrona, estriol), vasopressina (ADH), TSH, T4, T3, T3 reverso, dentre outras estruturas bioquímicas, sofrerão oscilação constante mediante ao pulso de LH e FSH, decorrentes da fase folicular e lutea, presentes no ciclo menstrual feminino.

 Com todo esse turbilhão de fenômenos bioquímicos, alguns fatores podem se mostrar evidentes como retenção hídrica, gordura subcutânea localizada, resistência à perda do percentual de gordura, ocorrência de distúrbios metabólicos dermicos, como celulites, estrias, culotes, etc. Alguns desses fenômenos podem persistir mesmo com o emprego de técnicas específicas de estímulo para determinado objetivo ou preparação. Portanto o conhecimento aprofundado da fisiologia endocrina e neurobioquimica feminina se faz necessário para que o resultado bem sucedido seja pré-estabelecido, lembrando que o profissional deverá estar atendo as propriedades farmacodinâmicas e farmacocinéticas de quaisquer medicamentos empregados, pois com o conhecimento aprofundado de toda a fisiologia humana e farmacologia, podemos lançar mão de técnicas para driblar eventuais efeitos colaterais que poderão se instalar em organismos femininos mais sensíveis.

Dr. Edson Carlos Z. Rosa

Cirurgião, Fisiologista e Pesquisador em Ciências Médicas, Cirúrgicas e do Esporte

Diretor do Instituto de Medicina e Fisiologia do Esporte e Exercício (Metaboclinic Institute), Diretor Executivo do Centro Nacional de Ciências Cirúrgicas e Medicina Sistêmica (Cenccimes) / Diretor Executivo da União Brasileira de Médicos-Biocientistas (Unimédica) /  Presidente e Fundador da Ordem Nacional dos Cirurgiões Faciais (ONACIFA), Presidente e Fundador da Sociedade Brasileira de Medicina Humana (SOBRAMEH) e Ordem dos Doutores de Medicina do Brasil - ODMB, Doutor em Ciências Médicas e Cirúrgicas (h.c),

Pós-graduado em Clínica Medica - Medicina interna, Medicina e Fisiologia do Esporte/Exercício, Nutrologia e Nutromedicina, Fisiologia Humana Geral aplicada às Ciências da Saúde.

Escritor e Autor de Diversos Artigos na área de Medicina Geral, Medicina e Endocrinologia do Esporte, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Neurociência e Comportamento Humano.

Fundador-Gestor do e-Comitê Mundial de Médicos do Desporto e Exercício (Official World Group of Sports And Exercise Physicians), Fundador-Gestor Internacional de Cirurgiões Craniomaxilofaciais (The Official World Group of Craniomaxilofaciais Surgeons).

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