Esta descoberta dos pesquisadores da universidade de Harvard, nos Estados Unidos, não surpreende o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, de São Paulo (SP). “A voz da mãe e seus batimentos cardíacos são a primeira coisa que o bebê escuta quando está no útero. Quando ela conversa com ele, canta para ele e até quando acaricia a barriga, transmite ao seu filho o seu amor, a sua serenidade e vários hormônios benéficos, que facilitam o seu desenvolvimento completo”, explica.
Serenata no útero
O médico vai além e afirma que a musicoterapia ajuda a moldar a inteligência emocional do bebê, que começa a desenvolver ainda no ventre, através da memória inconsciente e pelas sensações da vida intra-uterina, sua inteligência emocional e memória. “Isso porque, a partir das primeiras 3º semana de gestação, o feto já possui coração e através da memória celular é capaz de armazenar as emoções vivenciadas pela mãe, boas ou ruins”, explica, acrescentando que “Essas são capazes de influenciar diretamente na saúde emocional das crianças”.
Dr. Mantelli destaca que a música pode ajudar a grávida a superar seus problemas e chegar a ter um bebê saudável. A musicoterapia favorece o desenvolvimento físico, emocional e intelectual do bebê. A área do cérebro encarregada da memória é 10% maior em crianças criadas com afeto e cuidados desde a gestação e essas apresentam claramente um impacto muito grande no desenvolvimento posterior já que o hipocampo, região responsável pela memória, pode se desenvolver mais nesses casos. O médico explica que esse aumento do hipocampo comprova fisicamente os efeitos que não podem ser vistos a olho nu como a criação e os valores que os pais proporcionam na educação dos filhos.
Depois no nascimento
E mesmo depois que o bebê nasce, é imprescindível continuar conversando com ele para estimular seu córtex auditório, a parte de seu cérebro que é responsável pela linguagem. “A criança reconhece a voz dos pais desde o útero. Então, por que não continuar a cantar e a falar com ela depois que nasce? Demonstrar o afeto ajuda a fortalecer os vínculos afetivos e a desenvolver o bebê”, diz o médico.
A pesquisa foi divulgada no site do jornal britânico Daily Mail:
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