Prof. Dr. Rodrigo Dias
Doutor (PhD) em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) - Núcleo de Biodinâmica e Linha de Pesquisa em Fisiologia e Treinamento Desportivo; Mestre em Educação Física pela UNIMEP - Núcleo de Performance Humana e Linha de Pesquisa em Imunologia do Exercício, Metabolismo e Nutrição; Docente do Curso de Bacharelado em Educação Física da Associação de Ensino Superior do Piauí (AESPI); Docente dos Cursos de Pós Graduação da Universidade Estácio de Sá (UNESA), da Faculdade de Educação Física de Sorocaba (FEFISO), da UNIMEP, da Universidade Cidade São Paulo (UNICID), do Centro Universitário de Itajubá (FEFI) e do Centro Universitário (UNINOVAFAPI).
Prof. Ms. André Luís Rodrigues Santos
Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) - Núcleo de Fisiologia e Saúde das Comunidades e Linha de Pesquisa em Fisiologia e Treinamento Desportivo; Especialista em Fisiologia e Treinamento Desportivo pela Universidade Federal do Piauí (UFPI); Coordenador e Docente do Curso de Bacharelado em Educação Física da Associação de Ensino Superior do Piauí (AESPI).
Leny Gomes Abreu Bacelar e Vitória Carolina Oliveira Sousa
Graduandas do Curso de Bacharelado em Educação Física da Associação de Ensino Superior do Piauí (AESPI).
Atualmente, a força muscular apresenta efeito importante no entretenimento, bem como é fundamental à sobrevivência, pois, os exercícios de força para o desempenho esportivo e para a saúde, são extremamente necessários.
Nesse sentido, profissionais inerentes ao exercício físico têm buscado compreender os diferentes modelos de organização do treinamento de força. O conceito de periodização foi utilizado, pela primeira vez, pelos levantadores de peso competitivos do leste europeu, sendo que, atualmente, a periodização do treinamento tem sido aplicada tanto aos atletas, como para a aptidão física relacionada à saúde.
MODELO LINEAR, ONDULATÓRIO E LINEAR REVERSO
Dentre as diferentes organizações do treinamento, podem ser citadas a clássica ou linear, ondulatória ou não linear e linear reversa. Adicionalmente é importante citar que as principais ferramentas de diferenciação entre os modelos de periodização e ajustes dos mesmos, são o volume (número de série e exercícios e outros) e intensidade (sobrecarga, intervalo entre as séries e exercícios, padrão de execução dos gestos entre outros). O modelo linear é caracterizado pelo delineamento do respectivo período, iniciando com maior volume e menor intensidade, sendo que, com o progresso do treinamento, o volume diminui e a intensidade aumenta gradualmente. O modelo ondulatório permite a variação da intensidade e volume do treinamento (aumento e diminuição), ou seja, o delineamento de diferentes intensidades e volumes dentro da mesma semana ou sessão de treinamento. Por fim, o modelo linear reverso (inverso ao modelo clássico), é caracterizado pelo delineamento do respectivo período, iniciando com menor volume e maior intensidade, sendo que, com o progresso do treinamento, a intensidade diminui e o volume aumenta gradualmente.
RESGATE DOS ESTUDOS ASSOCIADOS
Os modelos periodizados mostram-se superiores frente ao aumento da força em relação aos não periodizados.
O modelo linear mostra-se mais eficiente no aumento da força máxima e potência, bem como na composição corporal comparada aos não periodizados.
O modelo linear reverso com elevado número de repetições (15-25) mostra-se mais eficiente no aumento da resistência de força comparado aos outros modelos.
O modelo linear reverso com baixo número de repetições (4-14), apesar de poder auxiliar nos níveis de força máxima e potência, parece ser menos eficiente que modelo linear e ondulatório.
O modelo linear reverso com baixo número de repetições (4-14) parece não apresentar potencial para promover aumentos na resistência de força.
O modelo ondulatório parece se mostrar mais eficiente no aumento da força máxima e potência em comparação aos outros modelos.
Os modelos de treinamento de força periodizados quando associados aos exercícios aeróbios promovem melhores resultados na diminuição dos níveis de gordura corporal.
Todos os modelos de periodização do treinamento necessitam apresentar em sua composição períodos de treinamento regenerativo (polimento) para a maximização dos resultados.
PALAVRA DOS ESPECIALISTAS
O correto entendimento quanto aos modelos de organização do treinamento de força, mostra-se necessário. Nessa linha de pensamento, os adeptos do mundo fitness necessitam de uma ótima organização dos programas de treinamento, a fim de que o desempenho físico seja potencializado e os riscos de lesões reduzidos, riscos estes, inerentes a qualquer tipo de treinamento.
Enfatiza-se que tais propostas de organização do treinamento, ou seja, linear, ondulatória ou linear reversa, não devem ser generalizadas para todo e qualquer praticante de treinamento de força (nem mesmo a indivíduos classificados como avançados em treinamento de força), já que, cada indivíduo, além de apresentar o seu nível de treinabilidade, também apresenta variações relacionadas à individualidade biológica e objetivos específicos das diferentes fases de treinamento, cabendo aos profissionais as ótimas tomadas de decisões relacionadas aos ajustes finos da própria organização do treinamento.
Por fim, é importante reforçar a necessidade de que atletas e adeptos do “mundo fitness” sejam orientados por profissionais que comunguem da imediata necessidade de uma orientação eticamente responsável e com fortes bases científicas.
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