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Pet: O poder dos Ômegas no tratamento das alergias dos pets

Saiba como a suplementação com Ômegas pode ajudar na saúde e bem-estar do seu cãozinho de estimação
 

Pet: O poder dos Ômegas no tratamento das alergias dos pets A Dermatite Atópica Canina é associada diretamente a anticorpos contra alérgenos ambientais
Crédito: BANCO DE IMAGENS
Por Dra. Bruna Morales
Veterinária especializada em Medicina Funcional e Nutrição Animal
www.animalnatural.com.br

A cada dia que passa vemos que mais animais estão apresentando sinais clínicos de alergia ou de hipersensibilidade. A principal queixa dos tutores é em relação a manifestação clínica dos pets que apresentam vermelhidão coceira, escoriações e pruridos na pele. 
As causas mais comuns para esse quadro clínico no animal são: dermatite por dermatite atópica, alergia à picada da pulga e hipersensibilidade alimentar.
 
DERMATITE ATÓPICA
A Dermatite Atópica Canina (DAC) é uma doença muito comum em cães das raças Lhasa Apso, ScothTerrier, Dálmata, Schnauzer Miniatura, Fox Terrier de pelo duro, Scotch Terrier, Pastor Belga, West Highland White Terrier, Shar Pei, Boston Terrier, Pug, Golden Retriever, Shih Tzu, Labrador, Setter Inglês e Boxer, mas ela também pode aparecer em cães mestiços.
 A DAC é uma doença cutânea alérgica, pruriginosa, inflamatória, transmitida geneticamente e apresenta aspectos clínicos bem característicos. Diversos estudos apontam que é mais comum o aparecimento em fêmeas.
A Dermatite Atópica Canina é associada diretamente a anticorpos contra alérgenos ambientais, fazendo com que o pet expresse sintomas e sinais clínicos. Além de estar relacionado com a genética do animal, doenças parasitárias, infecções virais e vacinação com vírus vivos modificados podem agravar sinais clínicos no animal.
 Os animais começam a apresentar sinais clínicos entre seis meses e sete anos, podendo ser até antes dos seis meses em alguns animais, mas dificilmente eles acontencem em animais com mais de sete anos de idade. 
Os antígenos desencadeiam a hipersensibilidade, podendo ser: ácaros de poeira, pólen, árvores, gramíneas e ervas-daninhas, sementes de gramíneas, insetos, entre outros alérgenos. O contato ocorre pelas vias aéreas, vias percutâneas, inalação e possivelmente ingestão dos alérgenos que provocam os sinais clínicos.
 
DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA
A dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP), é a hipersensibilidade mais comum e ocorre por uma reação de hipersensibilidade aos alérgenos presentes na saliva da pulga (SCOTT et al., 2001). 
As espécies responsáveis por provocar a DAPP em cães, são a Ctenocephalides felis e a Ctenocephalides canis, sendo a primeira a mais comum. A DAPP causa prurido intenso no corpo do animal (HNILICA, 2011) e o tratamento consiste na eliminação da pulga do animal e do ambiente em que ele vive. As pulgas presentes na pelagem dos cães representam apenas 5% da infestação que está presente no ambiente, os outros 95% consistem em diferentes estágios do inseto que infectam o ambiente, dificultando a erradicação do parasita e o controle da doença em pacientes alérgicos (DRYDEN et al., 2013). 
 O tratamento consiste em eliminar as pulgas presentes no animal; eliminar as pulgas do ambiente e prevenir reinfestações (IHRKE, 2008).
 
A HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR (HA)
A Hipersensibilidade Alimentar (HA) apresenta como manifestação clínica alterações na pele podendo também apresentar prurido. Isso acontece devido a ingestão de alimentos ou aditivos antigênicos. (Nascente et al., 2006), sendo as proteínas os principais alimentos com potencial antigênico (Fernandes, 2005). 
 Como sintomas também podem ocorrer eritema e escoriações (Medleau & Hnilica, 2012). Para o diagnóstico, é importante paciência e disciplina, tanto do proprietário quanto do clínico para a investigação, pois o sucesso do tratamento vai depender 80% do comprometimento do tutor do animal na dieta de eliminação.
A dieta natural de eliminação ou exclusão consiste em fornecer uma dieta natural, livre de transgênicos, corantes e conservantes químicos. Essa dieta será feita com alimentos que o animal nunca consumiu e aos poucos será verificado quais os alimentos que ele fica bem após o consumo e vagarosamente será introduzido um novo alimento por vez na dieta e irá verificar-se como o organismo irá reagir. 
Esse é um processo longo e que depende muito do comprometimento do tutor do animal, pois qualquer alimento introduzido fora da dieta do animal poderá mascarar todo o quadro, prejudicando assim todo o tratamento.
As dietas naturais hipoalergênicas são indicadas caso o animal tenha reagido positivamente a dieta natural de eliminação 
 
BENEFICIOS DOS ÔMEGAS NO TRATAMENTO
Os benefícios da utilização dos ácidos graxos poli-insaturados como o Ômega 3 por exemplo são relatados cada vez mais com maior frequência na terapêutica das doenças de pele, sendo efetivo nos quadros alérgicos e inflamatórios. 
A ação anti-inflamatória do Ômega 3 vem sendo estudada há décadas e os estudos comprovam que sua ação é comparada a medicamentos indicados para o tratamento de dor leve a moderada e também apresentam múltiplos efeitos anti-inflamatórios e imunomoduladores. 
Os Ômegas têm o potencial de afetar as doenças inflamatórias alérgicas por meio da modulação da produção de citocinas inflamatórias diminuindo os sinais clínicos como a vermelhidão e o prurido.
Um estudo mostrou que cães que apresentavam doença de pele pruriginosa das mais variadas etiologias (idiopática, atopia ou dermatite alérgica à picada de ectoparasitas), foram suplementados com Ômega 3, e 56% dos animais obtiveram melhora acentuada ou moderada nos sinais descritos antes da terapia. 
A suplementação com Ômegas contribui na melhora do estado cutâneo, oferecendo mais brilho e desenvolvimento da pelagem do animal.
 

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