SAÚDE

Saúde: Sal a gosto

Quer salgar sua comida com qualidade? Então, sirva-se da melhor opção!

Saúde: Sal a gosto Crédito: BANCO DE IMAGENS

Como anda o seu consumo de sal diário? Dentro de casa, você se policia quando prepara suas refeições? E quando se alimenta na rua? Pensando em ter uma vida cada dia mais próxima da saúde 100%, é muito importante pensar na quantidade de sal que você anda colocando no seu prato, afinal tudo o que é exagerado não tem como fazer bem. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa adulta deve consumir 2,4g diariamente de sódio, ou no máximo 5g, o que equivale a 6g de sal refinado ou mais. De acordo com o Ministério da Saúde, o brasileiro consome mais que o dobro do limite, chegando a ingerir 12g de sal diariamente.

O corpo humano também precisa de sal, mas moderadamente. O consumo é fundamental, pois oferece ao organismo humano a quantidade necessária de sódio e cloro, proporcionando o equilíbrio hídrico ideal, evitando a desidratação do corpo e principalmente, preservando a atividade muscular e nervosa.

“O sódio também é necessário na transmissão de impulsos nervosos e na contração muscular, inclusive nas batidas do coração”, explica a nutricionista Ana Paula Marques. Segundo a profissional, o sal é um nutriente importante para a nossa alimentação. “Ele é responsável pelo equilíbrio do meio aquoso de nosso corpo, facilitando a troca de água entre as células e o meio externo e ajudando na absorção de nutrientes e na eliminação de detritos”, explica Ana Paula.

Entretanto, exceder essa quantidade é, sem dúvida, prejudicial à saúde. Segundo o Consensus Action on Salt and Health (CASH - grupo britânico com a missão de persuadir empresas de alimentos a reduzir o teor de sal dos alimentos processados e educar o público sobre os perigos de consumir sal em excesso), o consumo elevado de sal está ligado não somente ao aparecimento da hipertensão, por exemplo, mas também a outras doenças, como asma, diferentes tipos de câncer, osteoporose e obesidade.

Esse quadro é tão grave que em 2012 o Ministério da Saúde e a Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação) anunciaram um programa para redução de sódio em produtos processados no Brasil, estipulando a diminuição do uso de sal utilizado na preparação de caldos, cereais matinais, temperos e margarinas. Em outras anteriores, as metas de redução de sódio foram estabelecidas para batatas fritas, biscoitos, massas instantâneas e pães de forma. Com a implantação deste programa, a expectativa é que a quantidade de sódio no mercado seja reduzida em pelo menos 8,8 mil toneladas até 2020.

O sal sem sódio

Calcula-se que quase 45 milhões de brasileiros (20% da população) é hipertensa, necessitando praticar dietas hipossódicas. “As consequências da chamada pressão alta são muitas, sendo que em casos mais graves o paciente pode vir a ter um infarto do miocárdio, muitas vezes levando-o à morte instantânea”, diz o empresário Nilson Capozzi, sócio diretor da Matrix Health.

A empresa lançou no mercado, o primeiro salgante do país, um substituto do sal que não contém sódio. O produto levou cinco anos de pesquisa para ser lançado, estudo esse comandado pelo químico e farmacêutico, Massayoshi Yoshida. O resultado é que após sete e dez dias ingerindo a dose equivalente à recomendada para ingestão humana de sal comum, tanto os normotensos como os hipertensos apresentaram aumento da pressão arterial. Com o produto, que é à base de cloreto de potássio, ambos os grupos apresentaram a manutenção da pressão arterial.

O sal e a pele

A ação do sal que você consome todos os dias pode não parecer tão ofensivo à pele, mas ele se manifesta. “Na pele ele não provoca muito efeito. Você pode perceber, talvez, um leve inchaço na pálpebra, abaixo dos olhos, na pálpebra infraorbitária, mas o efeito é maior em outros órgãos”, explica a dermatologista Samantha Enande.Mas na lista de diferentes tipos de sal oferecidos no mercado, qual deles seria a opção mais agressiva e a mais indicada? “ O sal fino é o pior de todos. O sal grosso, quando moído, é um pouco melhor, mas sal não é aconselhável para ninguém, pois onde ele está, ele rouba água e faz com que a pele fique um pouco desidratada, cria um edema”, afirma a dermatologista.

VERSÕES PARA OS PALADARES MAIS EXIGENTES

Defumado: com aparência cinza, ele revela um gosto um pouco adocicado. Versátil, combina com pratos vegetarianos, aves, carnes e peixes. Desvantagem: tem quase a mesma quantidade de sódio do sal comum.

Flor de sal: é capaz de realçar o sabor de qualquer alimento, com destaque para carnes vermelhas. Acrescente-o após o preparo, com o fogo desligado. Esbanja magnésio, iodo e potássio.

Grosso: os cristais grandes preservam as propriedades dos alimentos e evitam o ressecamento. É usado principalmente em carnes que vão à churrasqueira e naquelas assadas em uma espécie de invólucro.

Light: esse tipo de sal possui menos da metade de sódio encontrada no sal branco refinado. Sua característica é o sabor um pouco amargo.

Líquido: obtido pela dissolução de sal marinho em água mineral, tem sabor suave e vale para todos os alimentos, principalmente em saladas.

Marinho: considerada a alternativa mais saudável que o sal refinado, esse sal dá um sabor diferente do sal de mesa. No Brasil, este é o tipo de sal mais comum e barato.

Negro: além da cor totalmente diferente do sal tradicional, o sabor não é nada comum e lembra o de gema de ovo. Textura crocante e solúvel, é ideal para ser adicionado aos molhos, saladas e massas.

Rosa: seus grãos têm um elevado índice de umidade, com uma aparência grudenta, além de um sabor forte. Tem pouquíssimo sódio e é ideal para aves, frutos do mar e peixes crus.

Rosa do Himalaia: Como o sabor não é muito diferente, se mal usado pode se perder em meio aos ingredientes do prato. Deve ser aplicado na hora do preparo, já que tende a ressecar os alimentos.

Fontes consultadas:

Ana Paula Marques: Nutricionista do Hospital Albert Einsten

Matrix Health: Empresa responsável pelo produto 100% sem sódio

Dra. Samantha Enande: Dermatologista, professora e coordenadora do Ambulatório de Toxina Botulínica pela Sociedade Brasileira de Medicina Estética de São Paulo (SBME/SP).

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