ALIMENTAÇÃO & NUTRIÇÃO

Conheça cinco mitos e verdades sobre o glúten

Nutricionista e consultora da Superbom esclarece as principais dúvidas sobre a proteína

Conheça cinco mitos e verdades sobre o glúten

Famoso pelo recente “boom” das dietas que o excluem da alimentação, o glúten é uma proteína que é encontrada na farinha de trigo, aveia, malte, cevada, centeio, entre outros alimentos. Apesar de carregar vitaminas e fibras, em algumas pessoas, pode causar inchaço e desconforto abdominal. Por esse motivo, muitas pessoas ainda têm incertezas sobre os benefícios e malefícios que o glúten traz à saúde.

“É possível substitui-lo por diversos alimentos, como amêndoa e chia, por exemplo. Porém, antes de fazer essa retirada, é imprescindível que o indivíduo consulte um profissional especializado”, afirma Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom, empresa alimentícia especializada na fabricação de produtos saudáveis.

Com o intuito de esclarecer as dúvidas mais comuns sobre o assunto, a especialista cita alguns mitos e verdades do glúten. Confira:

Existe diferença entre a doença celíaca, intolerância e alergia ao glúten

Verdade. A doença celíaca é caracterizada pela inflamação crônica da mucosa do intestino, que pode resultar numa má absorção de nutrientes. Já a alergia é quando a pessoa que consome o glúten produz anticorpos contra o próprio glúten. A intolerância é caracterizada pela dificuldade na digestão da proteína. “Não há ativação do sistema imune e os sintomas são mais leves”, esclarece.

Glúten faz mal à saúde

Depende. O glúten é prejudicial para quem tem a doença celíaca ou a sensibilidade não celíaca, que é o caso da alergia e da intolerância. “Quando o celíaco ingere glúten, o organismo produz anticorpos contra o intestino delgado, o que gera danos à mucosa intestinal”, explica. Já para os alérgicos, Cyntia conta que os sintomas mais comuns são dores abdominais, vômitos, diarreia e dor de cabeça. Sobre a intolerância, os sintomas são mais leves, sendo que azia, refluxo e acne estão entre os principais deles.

“O ideal é consumir alimentos que contenham a proteína de forma moderada, devido sua relação com o aumento de processos inflamatórios no organismo e, por ser rica em carboidratos, seu excesso pode levar ao sobrepeso e obesidade.”, comenta. Por outro lado, a especialista informa que alimentos integrais que contenham glúten , dentro de uma dieta equilibrada, trazem benefícios para a saúde. “Controle da glicemia e triglicérides e aumento da absorção de vitaminas e minerais são alguns exemplos”.

Doença celíaca, intolerância e alergia ao glúten são problemas sem idade para se manifestar

Verdade. A doença celíaca, a alergia e a intolerância podem aparecer em qualquer idade e para ambos os sexos. “O ideal, então, é se atentar aos sintomas característicos de cada enfermidade. Também é fundamental não deixar de consultar um médico”, alerta.

Remédios e cosméticos não contém glúten

Mito. O glúten faz parte da composição de algumas substâncias presentes em medicamentos e cremes. “Hidratante a base de aveia é apenas um dos exemplos. Portanto, os celíacos e alérgicos devem sempre se atentar a ler a bula e rótulos”, afirma.

Não auxilia no emagrecimento

Verdade. Excluir o glúten da alimentação não é o que faz o indivíduo emagrecer. Sua exclusão contribui para a limpeza intestinal e redução da inflamação corporal. “Quando o mesmo é retirado da dieta, automaticamente, corta-se alimentos como pães e massa e, por isso, ocorre a perda de peso. No entanto, esse fenômeno acontece pela diminuição de carboidrato e não necessariamente pela exclusão da proteína em si”, conclui Cyntia, consultora da Superbom.

Sobre a Superbom

A Superbom é uma empresa alimentícia, que trabalha com uma linha de produtos saudáveis, que abrange sucos, geleias, salsichas, proteínas, pratos prontos, entre outros. Fundada em 1925, a Superbom comercializa os seus produtos em mais de 25 mil pontos de vendas em todo país. Em função disso, é considerada uma das principais empresas do ramo de alimentos para veganos e vegetarianos do Brasil. A empresa iniciou as suas atividades com a produção de suco de uva, no interior de uma antiga casa pertencente ao Colégio Adventista Brasileiro (CAB), que posteriormente ficou conhecido como Instituto Adventista de Ensino e, hoje, abriga o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp-SP). Durante toda a sua história, a empresa atua diretamente ligada à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Atualmente, a companhia conta com 250 colaboradores, entre a sede e as duas plantas da indústria (localizadas em São Paulo, capital, e em Lebon Régis, Santa Catarina).

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